05 setembro 2008

Onde está a FELICIDADE....

Certo mercador enviou seu filho para aprender o Segredo da Felicidade com o mais sábio de todos os homens. O rapaz andou durante quarenta dias pelo deserto, até chegar a um belo castelo, no alto de uma montanha. Lá vivia o Sábio que o rapaz buscava.

Ao invés de encontrar um homem santo, porém, o nosso herói entrou numa sala e viu uma atividade imensa; mercadores entravam e saíam, pessoas conversavam pelos cantos, uma pequena orquestra tocava melodias suaves, e havia uma farta mesa com os mais deliciosos pratos daquela região do mundo.

O Sábio conversava com todos, e o rapaz teve que esperar duas horas até chegar sua vez de ser atendido.

Com muita paciência, escutou atentamente o motivo da visita do rapaz, mas disse-lhe que naquele momento não tinha tempo de explicar-lhe o Segredo da Felicidade.

Sugeriu que o rapaz desse um passeio por seu palácio, e voltasse daqui a duas horas.

– Entretanto, quero lhe pedir um favor – completou, entregando ao rapaz uma colher de chá, onde pingou duas gotas de óleo.
– Enquanto você estiver caminhando, carregue esta colher sem deixar que o óleo seja derramado.
O rapaz começou a subir e descer as escadarias do palácio, mantendo sempre os olhos fixos na colher. Ao final de duas horas, retornou à presença do Sábio.

– Então – perguntou o Sábio – você viu as tapeçarias da Pérsia que estão na minha sala de jantar? Viu o jardim que o Mestre dos Jardineiros demorou dez anos para criar? Reparou nos belos pergaminhos de minha biblioteca?

O rapaz, envergonhado, confessou que não havia visto nada. Sua única preocupação era não derramar as gotas de óleo que o Sábio lhe havia confiado.

– Pois então volte e conheça as maravilhas do meu mundo – disse o Sábio. – Você não pode confiar num homem se não conhece sua casa.

Já mais tranqüilo, o rapaz pegou a colher e voltou a passear pelo palácio, desta vez reparando em todas as obras de arte que pendiam do teto e das paredes. Viu os jardins, as montanhas ao redor, a delicadeza das flores, o requinte com que cada obra de arte estava colocada em seu lugar. De volta à presença do Sábio, relatou pormenorizadamente tudo que havia visto.

– Mas onde estão as duas gotas de óleo que lhe confiei? – perguntou o Sábio.
Olhando para a colher, o rapaz percebeu que as havia derramado.

– Pois este é o único conselho que eu tenho para lhe dar
– disse o mais Sábio dos Sábios.

– O segredo da felicidade está em olhar todas as maravilhas do mundo, e nunca se esquecer das duas gotas de óleo na colher.

09 abril 2007

Um discípulo questionou os rabinos a respeito da passagem no Genesis:

....Agradou-se o Senhor de Abel e sua oferta, ao passo que de Caim
e de sua oferta não se agradou.

Irou-se, pois, sobremaneira,
e descaiu-lhe o semblante.
Então lhe disse o Senhor:
por que andas irado,
e por que descaiu o teu semblante?...

Responderam os rabinos:

... Deus deve ter perguntado a Caim:
por que andas irado?
Foi porque não aceitei tua oferenda,
ou porque aceitei a oferenda de teu irmão?...

15 fevereiro 2006

COMO ESTÁ SEU OLHAR...

COMO ESTÁ O SEU OLHAR...
ao encontrar um grupo de rabinos, Alexandre, o grande pediu que lhe prestassem homenagem. Referindo-se ao Deus hebreu, disse para os rabinos: " EU TAMBÉM SOU REI. TAMBÉM TENHO ALGUMA IMPORTANTÂNCIA; DêEM-ME ALGUMA COISA".
eles lhe deram um GLOBO Ocular, que Alexandre colocou em um dos pratos de uma balança. Ele colocou ouro e prata no outro prato. Por mais que colocasse ouro e prata no lado oposto ao do globo ocular, não conseguia exceder seu peso. Alexandre disse para os rabinos: "Como isso pode acontecer?" Eles responderam: "é o globo ocular de um ser humano, que nunca está satisfeito".
ainda sem ter certeza de que isso era verdade, e achando que os rabinos estavam brincando com ele, Alexandre lhes pediu que provassem seu argumento. eles tiraram o pó da mesa e cobriram o globo ocular para que não pudesse ver os metais preciosos e ansiar por eles. Imediatamente os pratos se tornou maior que o globo ocular.
a moral da história é que os seres humanos são inatamente ganaciosos e nunca estão satisfeitos com o que têm, a menos que façam um esfoço especial para estar.
1 tamid, 32b

03 novembro 2005

rei

REI, PRINCIPE OU TOLO...
Um rei enviou seus dois filhos a um país distante para obter conhecimentos de sua cultura e finanças. No caminho, seu barco afundou e foram dar a esse país sem nenhuma posse. Os dois príncipes começaram a trabalhar para sustentar-se, e tudo que ganhavam gastavam para manter-se. Um dos príncipes fez um grande esforço para viver uma vida muito simples, de forma que ainda tivesse tempo para estudar a cultura e as finanças desse país. O outro trabalhava apenas para sustentar-se. Passado algum tempo, o primeiro retornou a seu pai com muitas novidades e conhecimentos. O segundo acabou também retornando, sem poder retirar do país suas riquezas. Este voltou com pouco conhecimento e as mãos vazias e obteve pouca atenção de seu pai.
Pois os príncipes são almas enviadas a este mundo para obter compreensão e atos de bondade. Aquele que é esperto não gasta todos os seus esforços neste mundo em virtudes “não lucrativas”, e retorna com “novidades”. O tolo retorna com as mãos vazias.
Como está as suas mãos...

19 outubro 2005

ARQUEIRO DA LUZ...

ARQUEIRO DA LUZ...

...o arqueiro da luz...vive na floresta onde tem todas suas realizações vividas...mas em certos momentos da vida tem que sair da floresta para a evolução no mundo das ILUSÕES...
...e ele vai e começa a viver com fatos e ações que aparecem em sua frente...que representam varias situações diferentes para a aprendizagem do EXISTENTE e NÃO EXISTENTE...
...o arqueiro da luz enfrenta o que aparece no seu caminho com atenção e tentando praticar sua sabedoria da floresta...
...mas existem situações que se repetem continuamente da mesma foram sem nenhum sentido, em varias ilusões diferentes...
quando isso começa a acontecer o arqueiro tem seu instinto confundido por varias disfunções do mundo das ILUSÕES...SONS, VOZES,VALORES, ATITUDES E O CHÃO COMEÇA A SE TORNAR LAMA....tudo começa a se repetir da mesma forma sem explicação acontecem as mesmas reações e ações...
...e o arqueiro da luz começa em pensar em recuar para a floresta, por não ter capacidade de compreender a realidade nas ILUSÕES para o seu aprendizado...
...e por ter dificuldade em seguir, e não QUERER ATIRAR SUAS FLECHAS E ACERTAR ALGO QUE NÃO SEJA ILUSÃO...
...ele vai voltar a floresta para se revitalizar e reviver suas batalhas em sua mente e tentar descobrir o que era ILUSÃO E REAL...
...para mais tarde voltar ao mundo das ILUSÕES e voltar a EVOLUÇÃO...

...A FLECHA LANÇADA JAMAIS VOLTA AO ARCO...

DOM

13 setembro 2005

Quanto vale o seu anel...

Quanto vale o seu anel...

Uma vez um rabino descobriu que não tinha dinheiro para dar a um mendigo que pedia esmolas.

Imediatamente foi ao armário da esposa, apanhou o anel preferido dela e entregou-o ao pobre senhor.

Quando a esposa do reb voltou e descobriu o que acontecera começou a chorar.

"Aquele anel valia mais do que 50 talentos", reclamou, exigindo que o rabino imediatamente corresse atrás do mendigo.

Ele correu o mais que pôde até finalmente alcançar o velho mendigo.
Ofegante o reb agarrou-o pelo braço e disse:

"Ouça! Acabei de saber que o anel que lhe dei vale mais do que 50 talentos!
Não se deixe enganar se alguém quiser lhe dar por ele menos do que isso!“

30 agosto 2005

viajantes

...Se eu existir, que seja para existir...
E não apenas para RESISTIR...
Aos ventos das grandes BRISAS...

Conta-se a historia de dois viajantes que, em seus camelos, atravessavam as escaldantes areias do deserto. Lentamente, avançavam pela árida extensaõ, seguindo as pegadas de uma caravana que os antecedera. De repente, violenta tempestade de areia começou a varrer a inóspita amplidão. O furioso e inclenente vendaval, quente e sufocante, soprava incontido, revolvendo em um turbilhão frenético a gigantesca massa de areia, a ponto dos desolados viajantes mal poderem avistar os camelos a seu lado. Por fim, cessou a ventania e tudo voltou à calma outra vez...

Ao contemplarem agora o cenário, o panorama agora havia mudado completamente. Cada monte de areia havia mudado de forma e lugar. todo arbusto que antes se via, agora estava desaparecido da desolada extensão de areia. As poucas e tênues pegadas pelas quais eles se orientavam, tinham desaparecido totalmente. Um deles, após procurar, em vão, qualquer indício ou sinal que os ajudasse na tomada do rumo, deixou cair os braços em gesto de completo desânimoe, angustiado, falou:

- ESTAMOS PERDIDOS, ESTAMOS COMPLETAMENTE PERDIDOS.

O outro nada tinha e dizer. Naquela noite, entretanto, depois que o sol se pôs para além do horizonte ocidental, levantou os olhos para o céu estrelado e disse esperançoso:
- NÃO, NÃO ESTAMOS PERDIDOS...AS ESTRELAS AINDA ESTÃO LÁ...